Fosfoetanolamina, a nova cura do câncer?
- atmosferacientific
- 7 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

A FOSFOETANOLAMINA é uma substância produzida pelo corpo humano e pode ter como função ser antitumoral, possuindo ação antiproliferativa e estimula a apoptose, que seria uma “morte celular programada”, ou seja, impede que o câncer se espalhe e produz a morte de suas células.
O professor Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química de São Carlos – USP, vem desenvolvendo pesquisas sobre essa substancia há duas décadas , e o mesmo descreve a ação da substância como uma espécie de marcador, sinalizando para o corpo sobre a célula cancerosa, deixando as mesmas mais visíveis para que o sistema imunológico a possa combater. A droga aponta resultados positivos na contenção e redução de tumores, através da utilização da droga em animais, e atualmente mais de 800 pessoas se tratam com o remédio tendo resultado positivos em seu tratamento.
Sendo assim, qual é o problema com o medicamento que não é distribuído livremente?
Apesar de ser um substancia usada por algumas famílias e possuindo bons resultados, a mesma não possui registro na ANVISA, e assim, consequentemente, não pode ser distribuído livremente para a população.
O medicamento chegou ate ser distribuído, porém a proibição veio logo em seguida na saída de uma portaria de n°1389/2014, no artigo 12 da lei 6360/76, lei que regula sobre a Vigilância Sanitária a que ficam submetidos os medicamentos. Este artigo expressa que nenhum dos produtos, a que se refere à Lei, inclusive os importados, poderiam ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado no Ministério da Saúde.
Continuando a leitura da lei 6360/76, em seu artigo 24, está expresso que estão isentos de registro os medicamentos novos, destinados exclusivamente a uso experimental, sob controle médico, podendo, inclusive, ser importados mediante expressa autorização do Ministério da Saúde, ou seja, por ser uma substância experimental, a mesma está isenta de registro.
Por que tanta dificuldade para liberação de um medicamento que pode salvar vidas? Já que é apenas uma substancia experimental, por que não há mais investimentos e pesquisas mais aprofundadas nessa droga? E se já existem tantas provas exatas de que o medicamento reage bem e trás soluções no combate ao câncer, qual o problema dele ser distribuído.
A química usada no tratamento reage bem ao corpo, traz resultados, e a diferença entre um paciente e outro é o tempo que a substância age, mas não necessariamente explica toda a complicação e a demora para a aprovação desse projeto que pode salvar vidas. Aliás, sendo autorizado e comercializado inicialmente aqui no Brasil pode ser melhor ainda para nós, já que como Gilberto fala, existem outros países de olho na produção da cápsula e nós teríamos que comprar - la a preço internacional o que pode acabar restringindo o benefício a muitas pessoas que não teriam dinheiro suficiente para custear o tratamento e não conseguiriam apoio do governo, pois atualmente estamos num período ruim para a saúde e economia do Brasil.
Salvar as pessoas deveria ser a maior vontade dos médicos, cientistas e políticos, mas infelizmente a parte capital fala mais alto, já que seria uma droga de baixo custo e fácil alcance para todas as pessoas que necessitam desse tratamento, não é viável para aqueles que vivem do comércio de milhares e milhares de remédios para controlar os sintomas do câncer.
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